Ao longo de nossas vidas nos deparamos com diversas situações de perigo, um acidente de carro, violência, brigas, um assalto, etc. Normalmente respondemos à essas ameaças com o sentimento de medo. O medo, bem dosado, é muito bem vindo, ele nos impulsiona à nos precaver, está muito ligado ao nosso extinto de sobrevivência. À esses problemas reais, nós podemos dar um novo significado: contornar, resolver, mediar, negociar, superar, buscar soluções práticas de resolução. Mas existe outro tipo de perigo, que normalmente nos envolve num processo mais complicado de resolver: estou falando de nossos medos imaginários.
Alice querida, nós sabemos melhor do que ninguém: acreditar faz toda diferença. Tornamos real dentro de nós as nossas crenças. Ficamos pequenas num gole e enormes numa mordida. Muitos de nossos medos, tristezas e ansiedades não estão ligadas à um fato concreto, elas nascem e se materializam dentro de nós. É uma expectativa do que acreditamos que possa acontecer. Podemos não reagir à um assalto, colocar grades nas janelas de casa e evitar uma briga de trânsito utilizando a buzina com cautela. Mas como nos proteger de nós mesmas? Porque será que é tão mais difícil controlar o desejo de olhar as mensagens no telefone do parceiro? Como resistir e esperar aquela ligação tão esperada?
Muitas vezes não temos a menor idéia do que fazer com esse turbilhão de ameaças internas. E então Alice o que fazemos com essa ansiedade, com essa tristeza, com essa frustração? Bom, num sábado à tarde fazemos da ansiedade doce de leite. Numa segunda à noite fazemos da tristeza isolamento. Numa sexta feira transformamos frustração em vinho tinto. Sem falar na ansiedade de todos os dias que devoramos em insônia. E tem horas, que nem poção de encolhimento ajuda mais, porque já ficamos tão pequenas e tão grandes (em tão pouco tempo!), que já nem sabemos mais qual nosso verdadeiro tamanho.
Passamos a vida apressadas, a correr, à fugir. Olhamos para traz e parece que a rainha de copas está sempre prestes a chegar e pedir nossa cabeça! Mas Alice não acorde ainda, e me diga: onde estão suas maravilhas? Talvez nelas veja que no fim, a única capaz de dar a cartada final em sua vida é você mesma. E aí, quais são suas cartas?
🙂
Léia Faustino
Psicóloga
Sim..Como é difícil dar a cartada final..Sair da zona de conforto…Mas as vezes a situação exige uma atitude..querendo ou não temos que tomar decisões.,enfrentar nossos medos..e ir em frente..mesmo machucadas..quase se afogando nas próprias lágrimas. ..mesmo se sentindo rejeitada..excluída. ..Vamos em frente de mãos vazias..e deixando pra traz tudo aquilo que não nos serve mais…só com a cara e a coragem..e com esperança de que ainda temos tempo de resgatar a nos mesmas..e ser feliz..
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Graça, Adorei Sua Reflexão. E sim, mesmo com dor, seguimos em frente, e quando chegamos lá na frente a coragem nos mostra que existem outras possibilidades. Que encontre muitas delas em seu caminhar. Abraços!
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-Enquanto ñ nos libertar-mos destas correntes q nos prendem ,verdadeiramente seremos frágeis e presas fáceis para o lobo devorador que nos ronda.Eu particularmente ñ vejo escapes nem portas abertas diante de medo,traumas e enganos e tbm ñ creio que exista dentro de cada um de nós um mundo maravilhoso.Acartada final depende de cada cabeça,cada pensamento e fragilidade de cada qual.Alice é ao meu ver uma jovem totalmente insegura,carente e perturbada.assim como eu,kkkkkkkkkkkk
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Danila, as vezes é bem difícil mesmo conseguir ver os caminhos. Mas sabe, acho que o primeiro passo é descobrir para Onde queremos ir. Talvez essa seja uma de nossas maravilhas, encontrar o caminho de nossa essência. E Alice, ela se perde sim, muitas vezes, mas é perdendo-se que ela se encontra! Você também pode encontrar o caminho! Todas podemos! Um Abraço!
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